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O DR. WALFREDO LYRA E A REINSTALAÇÃO DA COMARCA DE BARRA DO CORDA

  1890 – 1962 WALFREDO HERMÓGENES DA COSTA LYRA nasceu no município de Pilões, Estado da Paraíba, no ano de 1890, onde também cursou as primeiras letras. Após os exames preparatórios, prestados no Liceu Paraibano, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife–PE, em 1908, sendo-lhe conferido o grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 17 de dezembro de 1912. Antes de chegar ao Maranhão, advogou alguns anos em Pilões/PR. Nomeado Promotor Público de Grajaú/MA, em 1917, exerceu o mesmo cargo na comarca de Picos, em 1918. Em Barra do Corda, para onde fora nomeado Juiz Municipal, em 16 de dezembro de 1919, morreu Inez Moreira Lyra, sua primeira esposa, com quem teve um filho, o Dr. Manoel Tomás Lyra. Do segundo casamento, com Maria do Carmo Leda Lyra, teve duas filhas, Miriam e Alba. Em 1921, denunciou ao então presidente da província, Dr. Urbano Santos, a conspiração de Manoel Bernardino, a partir do qual passou a receber ameaças. Coube a ele a reinstalação da comarca de Ba...

HILDENÊ CASTELO BRANCO - A JOANA D'ARC MARANHENSE

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HILDENÊ CASTELO BRANCO      HILDENÊ GUSMÃO CASTELO BRANCO, nasceu em Barra do Corda – MA, em 25 de setembro de 1906. Transferiu-se muito cedo para São Luís, onde fez os estudos primários na Escola Modelo “Benedito Leite” e o ginasial no Liceu Maranhense, concluindo o curso profissional em 1924. Foi diretora do Curso Remington “Castelo Branco” de datilografia, que funcionava na rua Cel. Colares Moreira nº 203, e professora normalista em Vargem Grande/MA.    Aliado político do Dr. Lino Machado, seu pai, o Cel. Hermelindo Gusmão Castelo Branco, comandante da Polícia Militar do Estado, foi gerente, na década de 1930, do jornal maranhense “O Combate” e membro do Diretório Central do Partido Republicano do Maranhão, circunstância que favoreceu o ingresso de Hildenê tanto no jornalismo quanto na política.      Seu aparecimento no cenário político data de 1929, quando tomou parte na campanha da Aliança Liberal, defendendo a chapa Getúlio Vargas e João Pes...

A PRIMEIRA ESTRADA BARRA DO CORDA-GRAJAÚ

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Policarpo Lopes de Leão (1814-1882) A mais antiga estrada ligando Barra do Corda a Grajaú data de 1855 e foi encetada pelo Dr. Policarpo Lopes de Leão, então Juiz de Direito da Comarca da Chapada, sediada em Barra do Corda. Auxiliaram-no na árdua tarefa Manoel Raimundo Maciel Parente, João Pedro da Costa Fumeiro e Antonio Manoel Pinto. Em 15 de fevereiro de 1854, o Sr. Manoel Carlos da Silva, morador abastado de Barra do Corda, dirigiu-se sorrateiramente à capital maranhense a fim de contratar com o presidente da província a abertura da referida estrada. Isso depois que o Dr. Policarpo e seus auxiliares, às próprias expensas, já haviam aberto mais de dez léguas de picada.   Manoel Carlos obteve do governo exorbitante soma e mais o privilégio de 400 réis por cabeça de gado vacum e cavalar que por ali transitasse por espaço de 10 anos. Esperto, esse Manoelzinho!!! Os que haviam feito à sua custa a abertura da estrada, os verdadeiros responsáveis, não puderam tolerar que outro vi...

DATAS HISTÓRICAS DE BARRA DO CORDA

MÊS DE JULHO     Dia 1º (1902) - Casamento, em Barra do Corda, do Dr. Aarão Araruama do Rego Brito e a Sra. Firma Francisca de Sousa. Após realizou-se um esplêndido baile no palacete Catete.   Dia 1º (1927) - O grajauense Dr. Sousa Bispo assume a promotoria pública de Barra do Corda.   Dia 2 (1857) - Criada a “Sociedade Harmonia”, visando o desenvolvimento dos interesses materiais da vila de Santa Cruz da Barra do Corda. Esta sociedade capitalizou recursos para a construção dos primeiros edifícios públicos da vila, como a primeira Câmara Municipal (antes do Paço Municipal) e a primeira cadeia.   Dia 2 (1962) - Falecimento de Florêncio Brandes, vítima de trombose cerebral.   Dia 3 (1805) - O Sr. Anacleto Henriques Franco envia um requerimento ao príncipe regente de Portugal, D. João, solicitando carta de confirmação de sesmaria na área onde mais tarde seria fundada Barra do Corda.   Dia 6 (1930) - O diretório da União Republicana Maranhense lança a...

MILITÃO BANDEIRA BARROS SEPULTADO EM BARRA DO CORDA

         Filho bastardo do Capitão-mor Antonio Bandeira, um dos maiores proprietários e mais respeitáveis da Chapada (hoje Grajaú), tido à época como o fundador da povoação que deu origem à comarca de mesmo nome , “Militão era um liberto, possuidor de grande riqueza. Gostava de leitura, amava os livros e tinha-os em grande quantidade. A literatura e a jurisprudência eram bem representadas em sua casa. Fizera-se advogado, não para viver disso, mas por conveniência partidária e interesse próprio nas muitas questões em que andou envolvido. Grande corpo, cor quase preta, fala mansa e insinuante. Era dissimulado e astuto. No íntimo desse homem civilizado, havia, dizem os que de perto o conheceram, péssimos instintos.”        Chefe do partido bem-te-vi na Vila da Chapada, hoje Grajaú, durante os idos de 1839, quando estourou no Maranhão a guerra da Balaiada, da qual tomou parte ativa, inclusive enviando informações e pólvora aos sediciosos, mesmo e...

ITINERÁRIO BIOGRÁFICO DE MARANHÃO SOBRINHO

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  JOSÉ AMÉRICO AUGUSTO OLÍMPIO CAVALCANTE DE ALBUQUERQUE MARANHÃO SOBRINHO nasceu em Barra do Corda/MA, no dia 20 de dezembro de 1879. Filho de Vicente de Albuquerque Maranhão Filho e D. Joaquina Olímpio de Almeida, frequentou irregularmente o Colégio Popular “Santa Cruz”, de propriedade do Dr. Isaac Martins, concluindo o primário em 1891, sob a tutela do prof. Manoel Raimundo Nonato de Miranda, o mesmo que fundou, com José Ribeiro Fialho, o jornal “Campeão” que, em 1892, tornou-se o primeiro periódico barra-cordense a veicular os poemas de jornais locais, como O Norte, O Guarany e O Porvir, este último de sua propriedade e redação. Além desses, a revista Elegante e o Diário do Maranhão, ambos de São Luís. Era, segundo o descreveu o acadêmico Assis Garrido, branco, de pequena estatura e ombros largos. Os cabelos, finos e longos, despenteados ao vento, dava-lhe um ar rimbaudiano. O falar tinha-o ligeiramente fanho. Por trás do comprido nome, Maranhão Sobrinho escondia uma personalid...

OS 105 ANOS DA MORTE DE MARANHÃO SOBRINHO

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   Maranhão Sobrinho “A minha admiração, ou melhor, o meu fanatismo pela obra poética de Maranhão Sobrinho é tão grande que já tive a coragem, numa conferência, há oito ou dez anos atrás, de dizer, alto e a bom som, que Maranhão Sobrinho é o maior poeta nacional de todos os tempos.” Assis Garrido             Da mesma opinião é Antonio Lobo, que, a despeito de lhe ter negando a “supremacia entre os poetas do seu tempo”, confessou: “Mesmo entre os grandes consagrados da poesia brasileira atual, raros serão os que o excedam na fecundidade pasmosa da produção e na perfeição artística da forma”. “Ainda hoje seus versos são lidos e recitados com volúpia pela beleza emocionante das estrofes e o apuro artístico da forma e da límpida inspiração”, disseram dele os organizadores da Antologia da Academia Maranhense de Letras, Mário Meireles, Arnaldo de Jesus Ferreira e Domingos Vieira Filho.     ...