GERÔNCIO FALCÃO - O PREFEITO DEPOSTO NA REVOLUÇÃO DE 30
Gerôncio Falcão (1881-1934)
Acervo Casa de Cultura Galeno E. Brandes
Gerôncio Bezerra Falcão nasceu em Barra do Corda no
dia 19 de março de 1881. Filho do cearense Manoel Ferreira de Melo Falcão e D.
Jovina de Sá Forjó. Fez os primeiros estudos em Barra do Corda, no Colégio do
professor Manoel Raimundo Nonato de Miranda, ao lado de Maranhão Sobrinho e seu
irmão, Raimundo Leonílio Maranhão.
Seguindo os passos do pai, dedicou-se desde muito cedo
ao comércio, no que muito prosperou. Assim foi que, já no início do século XX, partiu
para o Pará, fixando-se em São João do Araguaia, povoado que acumulara muitos
dividendos com a exploração da borracha Castillaulei, popularmente
conhecida como caucho.Tendo feito bons negócios, regressou ao Maranhão em 22 de
abril de 1907, deixando a quantia de cinco mil réis na redação da “Pacotilha”
para serem distribuídos entre os pobres[1].
Casou-se, em 22 de junho de 1907, com Adélia Moussalém
Falcão, irmã de D. Oadia Moussalém Salomão, esposa do também comerciante Manoel
José Salomão. Com este formará a coalizão política e econômica mais influente do
primeiro quartel do século XX em Barra do Corda, tornando-se proprietários das
únicas empresas de transportes fluviais da região. Teve os seguintes filhos:
Maria Amélia Falcão Habibe, que fora esposa do ex-prefeito Clóvis Habibe, José
Falcão, médico, Alberto Falcão, comerciante, e Elsa Falcão.
Com o crescente desenvolvimento da indústria agrícola
local, e, proprietário já de uma usina de beneficiar algodão, resolveu comprar em
São Luís uma lancha a que chamou “Laborina”, que fazia a linha Barra do
Corda–São Luís, contribuindo para o escoamento dos produtos a serem
comercializados não apenas na Capital, como também entre a população
ribeirinha, ao longo do percurso, levando crescimento e progresso às regiões
menos desenvolvidas.
Foi vice-presidente do Diretório da União Republicana
Maranhense em Barra do Corda; ajudante do Procurador da República, nomeado em
1919; adjunto da Promotoria e Promotor da Justiça Federal. Exerceu o cargo de Prefeito
Municipal por duas vezes, de 1916 a 1918 e de 1928 a 1930, quando chega à
cidade o Maj. Euclides Maranhão, armado, invadindo sua residência, confiscando
arquivos da prefeitura, exonerando-o do cargo e estabelecendo a ditadura.
Entre as muitas realizações que levou a efeito
enquanto chefe do poder executivo, destacamos: do primeiro mandato, a sanção da
Lei que restaurou a Comarca de Barra do Corda (Lei nº 0766 de 23.4.1917), e, do
segundo mandato, a inauguração, em 8 de dezembro de 1928, da iluminação pública
do município com combustores, num total de 8.700 velas[2].
Faleceu repentinamente, quando entrava em sua casa
comercial, à rua Frederico Figueira, às 13h do dia 7 de novembro de 1934, aos
53 anos de idade.
Muito interessante saber de tudo isso das minhas tias e primos!! Daria uma novela das oito >)
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